Dores de Crescimento são bastante comuns em crianças entre os 3 e 13 anos. Estas crianças são absolutamente saudáveis e ativas contudo queixam-se de dores. Estas dores focam-se em ambos os membros inferiores, nomeadamente as coxas ou barriga das pernas.
As crises podem ser diárias ou esporádicas, podendo estar presentes por longos períodos antes de desaparecerem. Em geral, a dor é bilateral, descrita pela criança como profunda, intensa e principalmente no final do dia ou à noite.
Em resumo, podemos classificar as “Dores de Crescimento” pelas seguintes características:
- Ocorre em crianças entre 3 e 13 anos, sendo mais comum entre 3 e 5 anos e 8 e 12 anos. (o Isaac já passou por 3 períodos de dores intensas)
- Acomete os membros, principalmente os membros inferiores.
- A dor é geralmente bilateral.
- A dor concentra-se nos músculos e não nas articulações.
- A dor vai e volta.
- A dor ocorre mais ao final da tarde e à noite. Não costuma estar presente de manhã.
- A dor pode acordar a criança.
- A dor não está diretamente relacionada à atividade física. Pode doer em repouso e não doer com o exercício.
- A dor não impede que a criança seja ativa ou pratique atividades físicas.
- Não há sinais de inflamação ou lesão das áreas doloridas.
Relativamente às causas destas “Dores de Crescimento”, até hoje ainda não se chegou a uma conclusão e consenso sobre as mesmas exceto que, as dores em nada têm a ver com o crescimento em si da criança. Contudo, existem algumas teorias que podem explicar a origem destas dores.
É comum encontrarmos distúrbios emocionais ou simplesmente uma situação de crise própria da idade, como, por exemplo: nascimento de um irmão, entrada para a escola, mãe que começa a trabalhar, entre outros. É comum que um dos pais da criança com dor do crescimento também tenha tido um quadro semelhante durante a infância, (eu tive e o meu marido também diz que sofreu imenso). Ou seja, parece haver uma combinação de fatores emocionais associados a uma ” tendência” a dor crônica.
Quanto ao tratamento para este tipo de dores, a primeira coisa que deve fazer é falar com o vosso médico de família ou pediatra para excluir outros diagnósticos. Após confirmado o diagnóstico, é importante saberem que se trata de uma patologia benigna e autolimitada, que não trará sequelas e limitações e que não terá impacto no crescimento da criança.
Durante as crises, pode usar analgésicos, massagens e calor (banhos quentes). Não há indicação para restringir a criança em termos de alimentação e atividades físicas.
Para mais informações, fale com o seu médico e/ou farmacêutico.
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