No meu primeiro artigo (podem ver AQUI) falei da importância de informar que o vosso médico e/ou farmacêutico se estão a tomar outros medicamentos para além daqueles que procuram adquirir. Esta importância deve-se às interações medicamentosas.
Quando um medicamento é administrado isoladamente produz um determinado efeito, mas quando administrado com outros medicamentos (ou até bebidas e alimentos) pode alterar a atividade do medicamento. É a esta alteração que se dá o nome de interação medicamentosa.
As interações medicamentosas podem aumentar ou diminuir a eficácia do medicamento ou até a eficácia de um ou mais órgãos. Para além da eficácia, podem também alterar a toxicidade de um medicamento, diminuir ou eliminar a ação dos medicamentos ou “promover” novas doenças.
Informar antecipadamente é sempre a melhor opção e podem também ler os folhetos informativos dos medicamentos, onde consta sempre informação sobre quais os medicamentos com que estes podem interagir, poupem-se a este tipo de coisa, a nossa saúde não precisa disso.
Exemplos de algumas interações medicamentosas:
– Vitamina C aumenta a absorção do ferro
– Fluimucil (para a tosse com expetoração) contém Acetilcisteina que corta o efeito do paracetamol (logo se estiverem a tomar este medicamento e tiverem febre, terão que tomar um medicamento com ibuprofeno)
– O ácido acetilsalicílico (mais conhecido por aspirina) aumenta o efeito dos antiagregantes plaquetários (medicamentos que auxiliam o tratamento e a prevenção de coágulos sanguíneos) pelo que aumenta o risco de hemorragia
– Antiácidos devem ser tomados com uma diferença de 2 horas em relação a outros medicamentos, pois os antiácidos aumentam o ph do estômago para diminuir a acidez.
Para mais informações sobre este tema, falem com o vosso médico e/ou farmacêutico.